LIMA, Peru, 3 de agosto de 2019.- Sobre duas rodas, a 70 km por hora, passava pela pista de madeira do velódromo de Lima um corredor de capacete azul, com viseira transparente e um bigode no estilo Freddie Mercuy. Felipe Peñaloza é o velocista chileno que ostenta o bigode em homenagem ao ídolo do rock. O atleta terminou a prova de corrida masculina de omnium por pontos finais em terceiro lugar.
Felipe Peñaloza é cumprimentado por autoridades. Time Brasil conquista o Bronze. Felipe Peñaloza preparado para a largada Felipe Peñaloza conquista o bronze e tira fotos com voluntárias.
Na largada Felipe estava com olhar muito compenetrado, como se não visse mais ninguém na pista. O atleta estreou neste Pan-Americano e fez um prova na qual oscilava todo o tempo entre as três primeiras posições. Ao final das 100 voltas que deu na pista disse estar muito orgulhoso da colocação «foi uma prova muito complicada, porque foi um prova muito rápida e todos tinham boas condições de ganhar, mas fiquei feliz em conquistar essa medalha», explicou.
O atleta de 25 anos conta que começou na modalidade em 2007, devido a um tio que praticava corridas e o levou para ver uma prova. De lá para cá se diz apaixonado pelo esporte e que espera praticar por muitos anos. Sobre a possível ida para Tóquio, o atleta está confiante «Creio que tenho toda a condição para disputar os jogos, ainda faltam alguns campeonatos, mas estou confiante de chegar a Tóquio», contou.
Felipe teve problemas em junho deste ano, enquanto voltava de uma competição em Medelín, na Colômbia. Ele foi pego com substâncias ilícitas e proibidas pelo regulamento antidoping – clonazepam e testosterona – especulava-se que talvez o atleta não viesse aos jogos.
Jeitinho Brasileiro
Dá-se a largada para a prova de ciclismo por equipes e um atleta experiente, com medalha no Pan de Toronto cai com a bicicleta no chão. Recomeça a largada. A queda foi um pedido do técnico brasileiro Emerson Silva. «Na primeira largada os mexicanos queimaram, a segunda foi a nossa vez. Tivemos uma saída ruim e pedi ao Flavio que caísse para tentarmos recuperar. Não é uma situação normal, mas muita gente usa como uma forma de tentar melhorar o resultado», revelou.
Nessa modalidade de três voltas, em que cada atleta é avaliado em uma, o Brasil conquistou o bronze e isso se deu devido à desclassificação do México. No começo da prova, o México queimou a primeira largada. Já na segunda, Flavio «caiu» no chão, o que foi considerada como mais uma largada invalida. O esporte permite até duas largadas queimadas. Na terceira, o México acabou queimando mais uma vez e foi desclassificado.
O atleta brasileiro que caiu, disse que ao largar fez muita força e acabou desequilibrando o peso na bicicleta, sobretudo na roda traseira, que patinou. Ele explicou que se a roda patina e nada acontece com a bicicleta, a largada não é desconsiderada e por isso acabou se deixando cair. «Foi uma falha técnica, mas não dava para não tentar, só que o México queimou de novo e acabaram desclassificados.» Explicou.
Na prova por grupos Trinidad Y Tobago conquistou o ouro, enquanto a Colômbia assumiu a segunda posição.